A criatividade depende da sua saúde mental
Há um tempo atrás, pensei muito em publicar todos os dias no blog e isso sempre foi uma das minhas maiores vontade de blogueiro. Em quase 10 anos de blogosfera, nunca havia antes participado de um BEDA, ou desenvolver conteúdos diariamente sem perder a qualidade e a criatividade momentânea – e apesar de sentir-me preparado suficientemente para publicar novos conteúdos diariamente, manter a minha produtividade escravizada por dias foi um auto-sacrifício que precisei resolver rapidamente enquanto pude. E observando tudo que fiz, notei o quanto a minha criatividade caiu enquanto produzia dois ou três conteúdos diariamente, e depois de tudo isso, pude notar toda minha exaustão crescendo a cada parágrafo e erros ortográficos constantes.
E apesar de dividir essa quantidade enorme de conteúdos em vários dias (até mesmo nos dias do mês de publicação), a minha saúde mental foi por água abaixo justamente por conta da grande pressão e necessidade de produção que preguei a mim mesmo. Quando se trata da maneira que produz conteúdo, envolver o seu público e compartilhar tudo para o mesmo, toda a sua ação gera uma reação – a exploração da sua mentalidade também pode resultar no decaimento do seu retorno, da não-interação do seu público e da sua frustração, e foi isso que aconteceu.
A partir do momento em que percebi que a minha saúde mental poderia oferecer uma criatividade e produtividade maior, todo desgaste emocional e psicológico passou a ser contido em prol de um conteúdo mais elaborado, com uma qualidade maior, o resultado de todo cuidado próprio foi a maior qualidade de conteúdo e um retorno muito grande de todo meu público. Passei a ser lido mais vezes, minha visibilidade e credibilidade aumentaram e pude ter uma noção maior daquilo que administro. De fato, tudo aquilo que produzimos depende da nossa saúde mental.
Óbvio, quando fiz tudo isso deixei-me livre de outras obrigações para poder publicar constantemente – e mesmo tendo um blog pequeno, faz toda ação de produzir, revisar, editar, baixar e anexar as imagens, para depois espalhar a publicação pelas redes sociais e poder ler um pouco para relaxar a mente, o momento de descontração se tornou uma completa tortura. Era o meu psicológico pedindo socorro por tanto de esforço feito para manter uma qualidade e uma estratégia em plenitude. Não posso negar o quão errado deu por conta da falta de cuidado que deixei de ter comigo mesmo, mas como já completou um ano desde o acontecido e muita coisa mudou – hoje estou preferindo poupar-me de tudo isso e compartilhar tudo que consegui fazer para me ajudar.
Procure um profissional
Nada melhor do que ser acompanhado por um especialista no assunto durante esse momento. Além de ser imensamente necessário, um psicólogo pode te ajudar a relaxar sua mente e funcionar de acordo com a sua necessidade. E como nós, criadores de conteúdos, precisamos a todo momento de criatividade e estar produzindo, a ajuda de um especialista acaba se tornando fundamental para saber o que fazer consigo mesmo nos momentos de estresse, impaciência, falta de concentração e foco e até mesmo crises de ansiedade.
Procure por autoconhecimento
Uma das coisas que fiz quando entrei em bloqueio criativo por quase dois meses foi me conhecer. Acabei descobrindo novas músicas, a paixão pela leitura (e por jazz!), comecei a escrever sobre outros assuntos. Conhecer a si mesmo é uma das melhores opções – após conversar com um profissional, claro – que pode ajudar-te em todos os momentos, inclusive nas mais intensas crises, no final terá compreendido todo acontecido e não ficar com o sentimento de culpa mesmo sem ter feito absolutamente nada contra ti.
Leia um pouco
Seja sobre temas diversificados ou sobre aquilo que está sentindo. Faz parte do autoconhecimento e abre a sua visão sobre o que pode criar, gerar e alimenta a criatividade. Conhecimento nunca é pouco e sempre que possível, experimente outras áreas para poder proporcionar a sua mente um conforto e qualidade estável maior. Desde que comecei a ler com uma intensidade maior (principalmente os livros de autores independentes), passei a me acalentar e me acalmar com mais facilidade após uma crise de ansiedade – que consequentemente, me afastava do blog por conta do desânimo e bloqueio criativo.
Experimente seu gosto musical
De fato, sou loucamente apaixonado por jazz, e como o ecletismo faz parte de todo libriano, a playlist mais diversa faz parte de mim e acompanha o meu processo de calma durante toda ansiedade. Desde a música mais intensa para me trazer de volta a realidade, à mais calma para me dizer de que está tudo bem e amanhã será um novo dia. Gosto das mais diversas categorias, mas há momentos que prefiro me encontrar nas mais calmas e reflexivas sobre mim, sentimentalismo e experiências amorosas. Tenho uma ótima playlist para isso. Enquanto aproveito cada canção, me permito ser levado – é a melhor dica que pode seguir até agora, deixe as coisas acontecerem e permita que aconteça.
O que fazer sem seguida?
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